domingo, 4 de setembro de 2011

Medos

Eu tenho medo do escuro.

Tento nunca apagar as luzes, mas apago. Eu poderia me sentir atormentada à noite, entretanto, ela não é sinônimo de escuridão. Porque, enquanto me reviro nos lençóis, perdida em devaneios, a lua reflete seu brilho majestoso. Sua luz suave entra pela janela e me dá coragem para encarar a noite, fechar os olhos e descansar. É no quase-escuro que meus medos parecem desaparecer.

Eu tenho medo do futuro.

Prefiro viver no presente, baseando-me nele e somente nele. Acontecem alguns esbarrões com o passado, claro, mas logo eles se tornam o atual momento. Pensar no futuro é insuportável, porque só se é possível pensar em possibilidades. Existem inúmeras possibilidades desastrosas, e é nelas que minha mente se fixa. Então eu simplesmente vivo. No presente. E, antes que eu perceba, o futuro chega. Às vezes, como um grande presente.

Eu tenho medo das pessoas.

Elas são o maior motivo das minhas mágoas. De suas bocas saem as palavras que me atingem, as palavras que me derrubam e me machucam. Elas usam máscaras que me iludem e, quando caem, me reduzem ao patético. Mas amigos são pessoas e eles sempre estão comigo, sem máscaras e sem armas. E são indispensáveis.

Eu tenho medo das dúvidas.

Quero respostas. Por isso as busco, em meio às dúvidas. Esforço-me para me livrar da angústia dos casos incertos, das histórias mal-contadas. Porque eles me atormentam, me levam para baixo, me prendem a eles. Mas sem dúvidas, eu nunca encontraria nenhuma resposta.

Eu tenho medos.

E sou grata por isso.

4 comentários:

  1. Aquele momento em que a perfeição é tanta que você não sabe o que dizer.

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  2. Q bom q gostou, assim tenho 100% de aprovação dos leitores -Q

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  3. Mas que liiiiindo G__________G

    Concordando mil vezes com o Biel, pois é. q

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  4. Wee, ganhei mais uma leitora e continuo com 100% de aprovação -Q

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