segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

[FIC] Liberdade

Liberdade, finalmente, depois de sofrer continuamente durante séculos. Pelo menos, assim deveria ser. Cronos foi derrotado. Os deuses me libertaram de meu destino cruel. Ele me libertou de meu destino cruel. No segundo em que Hermes contou-me a novidade e levou-me para o mundo real, uma chama de esperança acendeu no meu interior.

Cheguei ao acampamento. Hermes me entregou uma carta. Era dele. Tinha um endereço, provavelmente de sua casa. Ele queria me encontrar. Saí correndo, ultrapassei a barreira mágica e fui para Manhattan.

Cheguei em frente ao prédio, ouvi uma música. Será que ele preparara algo para mim? Subi as escadas correndo. Bati na porta. O lugar era estranho. Eu nunca vira algo tão futurista. Ele abriu a porta. Estava mais velho. Esqueci que para ele o tempo passava. Mesmo assim, estava lindo como sempre. O mar dentro de seus olhos, irresistíveis como sempre. Era a minha chance.

Então minha chama de esperança se apagou. O frio me consumiu por dentro. Senti uma dor lancinante no coração, como se ele tivesse sido esmagado por algo muito pesado. Uma garota loira o tinha abraçdo e ele se virara para trás para beijá-la.

-- Oi, Calipso. Estamos comemorando nossa vitória sobre Cronos. Fique a vontade.

Como ele podia ser tão insensível? Como eu pude ser tão cega? Talvez, meu destino fosse ficar sozinha para sempre. Dei uma olhada para dentro do apartamento, pude ver algumas flores prateadas como a que dei para ele. Lágrimas caíram dos meus olhos dramaticamente.

Olhei para o rosto incompreensivo de Percy. Ele não escolhera ficar comigo. Desci as escadas e corri solitária pelas ruas de Manhattan. Eu não conhecia aquele lugar. Eu não conhecia nada.

Ouvi um trovão. A chuva começou a cair violentamente sobre mim. Minhas lágrimas se perdiam na chuva, eram insignificantes.

Depois de muito tempo correndo encontrei o mar. Eu sabia que ali estaria perto dele. Então tomei a decisão da minha vida. Mergulhei e deixei meu corpo afundar.

                                                                             ooo

Acordei com um rosto lindo na minha frente. Eu conhecia esse sentimento. Mas agora eu me sentia tão... mortal... Esqueci dos problemas e dos sentimentos ruins. Uma nova era começava. Em fim, entendi o significado da palavra liberdade.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O banco

Não olhe para mim desse jeito. Só estou sentada em um banco como outro qualquer. É, eu sei, antes esse era o banco em que eu o esperava, mas agora é só um banco.

Antes ele saía da sala ao lado e eu falava "oi". Ele respondia timidamente. Depois ele sentava ao meu lado e eu não tinha assunto. Mesmo assim eu sentia uma necessidade extrema de falar algo. Isso resultava em curtas conversas sem sentido. Eu me despedia e ele respondia sempre dizendo meu nome depois do "tchau". Eu ia para casa me perguntando como o meu nome podia ser tão bonito quando ele pronunciava.

Agora eu vejo todos os seus amigos saindo da sala de aula que um dia ele frequentara. Um a um. Eu espero ver aqueles olhos verdes brilhantes. Inútil. Eu sei que ele não estuda mais nessa escola.

Alguém apaga as luzes da sala de aula. O professor sai e fecha a porta. Me levanto e volto para casa com a sensação de ter sido roubada. Alguém roubou nossa convivencia mais forte.

Dia seguinte. mesmo horário.

Não olhe para mim desse jeito. Só estou sentada em um banco como outro qualquer. Agora ele é só um banco.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Silêncio eterno

A Lua. Um astro que gira ao redor da terra. Algo que muitos admiram. Mas poucos conhecem sua real tristeza.

A Lua está sozinha, embora pareça sempre cercada de estrelas. As estrelas, na verdade, estão muito longe. Alguns acham que o Sol é seu melhor amigo, mas eles nunca chegaram a se encontrar. Sobra, então, a Terra que está sempre ocupada com os problemas da população que a habita.

A Lua está sozinha. Ela cresce querendo ser notada, querendo uma amizade. Mas sempre some para chorar pelo fato de isso nunca acontecer.

Ela não pode gritar. Não pode dizer para o Universo: "eu estou aqui". Porque ela sabe que o som não se propaga no vácuo.

A Lua está agoniantemente dominada pelo Silêncio Eterno. Nada pode salvá-la deste cruel destino.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Speak now

No novo CD da Taylor Swift tem um texto que ela escreveu que eu acho muito perfeito. Vou colocar a tradução aqui para você ler (eu sei, eu sei, niguém lê esse blog):

"Fale agora ou cale-se para sempre," as palavras ditas pelos padres no final das cerimônias de casamento por todo o mundo, antes dos votos. É uma chance de protestar, um momento que faz o coração de todos acelerar, e um momento pelo qual eu sempre fui estranhamente fascinada. Tantos sonham em entrar em uma igreja, dizer o que mativeram guardado por anos como nos filmes. Na vida real isso raramente acontece.

A vida real é uma coisa engraçada, sabe? Na vida real, dizer a coisa certa no momento certo é mais do que crucial. Tão crucial, que muitos de nós hesitam, por medo de dizer a coisa errada no momento errado. Mas recentemente, o que eu comecei a temer mais do que isso é deixar o momento passar sem dizer nada.

Eu acho que muitos de nós temem chegar ao fim da vida, e olhar para trás lamentando os momentos que não se manifestaram. Quando não dissemos "eu te amo". Quando deveríamos dizer "sinto muito". Quando não apoiamos nós mesmos ou alguém que precisava de ajuda.

Essas canções são feitas de palavras que eu não disse quando o momento estava bem na minha frente. Elas são cartas abertas. Cada uma é escrita com uma pessoa específica em mente, dizendo o que eu queria dizer para elas pessoalmente. Para o lindo garoto cujo coração eu parti em dezembro. Para o meu primeiro amor que eu nunca pensei que fosse meu primeiro coração partido. Para minha banda. Para um homem malvado do qual eu tinha medo. Para alguém que fez meu mundo muito sombrio por um momento. Para uma garota que tirou algo de mim. Para alguém que eu perdoo pelo que ele disse na frente do mundo todo.

As palavras podem despedaçar alguém, mas também podem colocar pedaços no lugar. Espero que você use as suas para o bem, porque as únicas palavras das quais você vai se arrepender mais do que as que você não disse são aquelas que você usou para magoar alguém intencionalmente.

O que você diz pode ser muito para algumas pessoas. Talvez saia tudo errado e você vá gaguejar e sair constrangida se assustando enquanto você reflete sobre isso na sua cabeça.  Mas eu acho que as palavras que você se priva de dizer são as que mais vão te assombrar.

Então fale para alguém. Ou fale para você mesma no espelho. Fale em uma carta que você nunca vai enviar ou em um livro que milhões poderão ler algum dia. Eu acho que você merece olhar para trás na sua vida sem um refrão de vozes ressoando "Eu pude, mas agora é tarde demais."

Tem um momento para o silêncio. Tem um momento esperando a sua vez. Mas se você sabe como se sente e você sabe o que você precisa dizer tão claramente, você vai saber.

Eu não acho que você deveria esperar. Eu acho que você deveria falar agora.
                                                                                        amor,
                                                                                               Taylor
PS: Para todos os garotos que inspiraram esse álbum, vocês devem saber. ;)