sábado, 23 de abril de 2011

Diferentes?

Tenho uma confissão a fazer... Eu não sei qual é a música mais tocada nas rádios. Um absurdo, não é? Não, sinceramente, não. Eu realmente não quero escutar uma música só porque todo mundo escuta. Aliás, eu não quero fazer NADA só porque todo mundo faz.

Estou cansada de ver as pessoas ditando para as outras em que mundo elas devem viver. São tantas limitações impostas... Existe uma lista de coisas que te fazem uma pessoa normal: tirar notas médias, ter um celular com as músicas mais modernas e ter Facebook (por que o Orkut está fora de moda, sabe?). Acho que estou me esquecendo de alguma coisa... Ah, sim! Não se pode ter nenhuma amizade com os pais, porque eles são muuuuuito chatos, né? Você tem que admirar ou odiar o Justin Bieber, ou qualquer outro ser que faça sucesso. Você não pode falar sobre a preservação do meio ambiente, porque isso não é tão importante quanto discutir sobre os problemas pessoais da Demi Lovato.

A lista é muito maior. E você sabe o que acontece se você não se encaixar? Você vai ser o nerd, o idiota, o careta, o infantil, o estranho, o chato, o excluído.

Além disso, ainda tem os padrões físicos. Você não pode ser gordo, nem magro demais. Seus óculos não podem ser grandes e o aparelho não pode ser diferente dos outros. Você não pode ser considerado feio, senão você está ferrado. E se você for bonito demais, as pessoas vão dizer que você se acha, mesmo sem te conhecer.

As opiniões originais foram esquecidas, as pessoas sofrem com toda essa opressão. Muitos suicídios são cometidos por causa de uma coisa que provavelmente você já ouviu falar (é óbvio que você já ouviu falar): o bullying.

Será que estamos sendo melhores do que aqueles caras que queimavam pessoas com ideias diferentes e diziam que eram bruxas?

Só pense sobre isso.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Malditos padrões

Semana passada eu fui fazer uma visita ao homeopata. Ele é muito legal. Quando minha mãe estava assinando uns papeis no balcão da recepção, alguém entrou na clínica.

Minha primeira reação foi ficar surpresa. A segunda foi admirar cada detalhe da situação à minha frente. A mulher era branca, tinha cabelos curtos e pretos. Ela usava um All Star de cano longo, uma calça legging escura, uma saia azul curta por cima da calça e uma blusa preta. Seu braço direito era coberto por uma tatuagem cujo desenho não consegui identificar exatamente. Era um estilo bem dark.

Mas essa mesma mulher carregava, junto com a bolsa preta, uma bolsa grande azul clara decorada com ursinhos e um carrinho verde com um neném dentro.

Nos poucos minutos que tive para apreciar a cena, pude ouvir a mulher chamando a criança de filho e dando atenção ao menino. Foi uma cena impressionantemente linda.

Aquele com certeza não era o tipo de mulher que eu diria que teria um filho. Mas existe tipo?

Acho que a mente humana tem um erro: tentar achar regras para tudo. Muitas pessoas relacionam a imagem de mulheres que usam preto com pessoas com um buraco no lugar do coração. Não é assim. Da mesma forma que relacionam garotos sensiveis e bem mais interessantes com homosseuais, quando o conceito de homossexual é se sentir atraido pelo mesmo sexo. Definitivamente não é assim.

O problema da grande maioria da população é tentar estabelecer padrões para tudo. É tentar organizar tudo. Mas o ser humano é muito mais complexo que isso.

Uma pessoa pode ser responsável e completamente louca ao mesmo tempo. Uma patricinha pode, sim, ser inteligente. Um "pegador" pode ter sentimentos. Um nerd pode praticar esportes. Um fã homem de Restart pode não ser gay. E além disso, QUALQUER pessoa pode amar.

O amor não está destinado a uma parte só da população. TODOS amam. Independentemente da forma de amor.

Pare de estabelecer esses padrões idiotas. Nada é sempre geral. Até a matemática tem exceções.

E góticas podem ser mães.